O Congresso Internacional de Música Sacra da UFRJ (CIMuS) prevê, entre suas iniciativas, a encomenda de uma obra a um compositor brasileiro contemporâneo.
A estreia mundial da peça constitui o grande destaque dos concertos do evento.
Na primeira edição, em 2017, João Guilherme Ripper escreveu Glória Concertato.
Na segunda edição, a obra comissionada é do consagrado compositor Edmundo Villani-Côrtes. No concerto de encerramento, a ser realizado no dia 12 de julho, às 19h, no Salão Leopoldo Miguez, será executada em estreia mundial sua obra Porquê, para solistas, coro e orquestra.
De 1960 a 1963, aperfeiçoou-se em piano com José Kliass. Transferindo-se para São Paulo, estudou composição com Camargo Guarnieri. Atuou nesse período como pianista nas orquestras de Osmar Millani e Luiz Arruda Paes. Trabalhou também como arranjador em trilhas e jingles. A partir de 1970, passou a integrar, como pianista e arranjador, a orquestra da extinta TV Tupi. Em 1975 passou a lecionar arranjos e improvisação na Academia Paulista de Música. Neste período iniciou uma série de apresentações como regente de conjuntos de câmara e como pianista, apresentando composições de sua autoria. Prosseguiu os estudos de composição com H. J. Koellreutter. No período, foi vencedor do concurso patrocinado pelo Instituto Goethe do Brasil com a peça Noneto. Em 1981, foi vencedor da Feira Livre de MPB, patrocinada pela TV Cultura, e escolhido como regente, arranjador, autor e compositor para representar o Brasil no décimo festival da OTI, realizado na cidade do México. Em 1982, foi convidado a lecionar contraponto e composição no Instituto de Artes da UNESP. Em 1985, iniciou seus trabalhos do mestrado de composição da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, concluído em 1988. Em 1986, foi vencedor do concurso de composição patrocinado pela Editora Cultura Musical, tendo obtido o primeiro lugar com a peça para violão Choro Pretensioso, e segundo lugar com a peça para piano solo Ritmata nº1. Entre 1988 e 1991 foi pianista do programa “Jô Soares onze e meia”, no SBT. Atuou junto a Orquestra de Jazz Sinfônica, tendo, em agosto de 1990, apresentado no Memorial da América Latina a peça Caetê Jururê, como regente da orquestra. Em 1990, recebeu o prêmio A.P.C.A. (Associação Paulista de Críticos de Arte), por sua apresentação do Ciclo Cecília Meireles. Entre 1992 e 1995, foi professor de arranjo, improvisação e orquestração do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Em 1992, foi escolhido pela Escola de Música Arte Livre como compositor do ano, homenageado por meio de inúmeros recitais com obras de sua autoria. No ano de 1993, por ocasião da comemoração do centenário de nascimento do poeta Mário de Andrade, foi vencedor do concurso promovido pela prefeitura de São Paulo, com a composição Rua Aurora, baseda em texto do poeta. Em 31 de maio de 1994, foi-lhe conferida pela Prefeitura do município de Juiz de Fora a “Comenda Henrique Halfeld”. Em 1995, sua obra Postais Paulistanos foi premiada pela A.P.C.A. como a melhor peça coral sinfônica. Em 1996, sua peça Chorando (para contrabaixo e piano) obteve 3º lugar no II Concurso Nacional de Composição para Contrabaixo, promovido pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Concluiu o Doutorado na UNESP em 1998. No mesmo ano, foi premiado pela A.P.C.A. pelo Concerto para vibrafone e orquestra. Compôs também o Concerto para flauta e orquestra, estreado em 8 de abril de 2000, em Londres, e o Te Deum, em comemoração aos 150 anos da cidade de Juiz de Fora. Villani-Côrtes ocupa a cadeira no 11 da Academia Brasileira de Música (ABM). Fonte: ABM |